Android Eye: Sistema para Detecção e Reconhecimento Facial em Dispositivos Móveis Para Auxiliar Pessoas com Deficiência Visual
Autor: Alan Zanoni Peixinho
Orientador: Prof. Assoc. Aparecido Nilceu Marana Coorientador: André Marcelo Farina
A deficiência visual severa é o tipo de deficiência que mais incide sobre a população brasileira atingindo atualmente cerca de 7 milhões de pessoas, segundo a mais recente pesquisa do IBGE. Esse grande número de deficientes visuais justifica o desenvolvimento de tecnologias que possam auxiliar essas pessoas em suas atividades cotidianas, de forma a melhorar sua integração na sociedade, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. Dentre as tecnologias que mais têm se desenvolvido nos últimos anos destacam-se aquelas relacionadas aos dispositivos móveis, como os smartphones e os tablets. Este projeto de conclusão de curso propõe o desenvolvimento de um sistema de identificação de pessoas por meio do reconhecimento facial em dispositivos móveis, para ser utilizado prioritariamente por pessoas que apresentem deficiência visual. Para tanto, a interface do sistema possui recursos adequados para esse tipo de usuário. O reconhecimento facial foi escolhido, pois é uma das técnicas biométricas mais aceitas pelas pessoas, além de poder ser realizada a distância, e ser coletada pelas câmeras embutidas naturalmente nos dispositivos móveis. Para a implementação desse sistema foram avaliadas algumas técnicas de detecção de faces baseadas na cor da pele e nas características de Haar, conforme proposto por Viola-Jones. Para a representação e descrição das faces foram avaliadas as técnicas baseadas em Modelo de Forma Ativa (ASM - Active Shape Model), na análise das componentes principais (PCA - Principal Component Analysis), devido à sua ampla utilização, e nos padrões binários locais (LBP - Local Binary Pattern), técnica também conhecida como Transformada Census, devido à sua maior invariância às alterações de iluminação. O sistema proposto é uma extensão do sistema BioMobile, desenvolvido recentemente pelo grupo de pesquisa Recogna, do Departamento de Computação, Faculdade de Ciências, UNESP, campus de Bauru. A partir dos resultados experimentais concluiu-se que a técnica de detecção de faces baseada em cor da pele mostrou-se como uma melhor opção quando comparada a técnica Viola-Jones, em termos de tempo e acurácia. Quanto as técnicas de representação da face, esses mesmos resultados, mostraram ainda que a técnica LBP apresenta-se como uma melhor alternativa ao sistema proposto, em termos de acurácia e necessidade de recursos computacionais, quando comparada ao ASM e PCA.